Artrite gotosa e os cuidados com a alimentação

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Desencadeada pela elevação de ácido úrico no sangue, a Artrite Gotosa (Gota) tem um fator genético importante, podendo ser passada de pai para filho. Bebidas alcoólicas em excesso e alimentação rica em proteína também podem aumentar os índices da substancia, contribuindo para inflamação das articulações.

A principal causa da Gota é a predisposição genética, avaliada por meio do histórico familiar. Mas se a pessoa consome excessivamente alimentos ricos em purinas, abusa do álcool, faz jejum prolongado e uso de medicamentos pode vir a desenvolver a gota, mesmo com pouca predisposição para a doença.

Segundo o Reumatologista Dr. Glauco Schmitt o ácido úrico é um composto produzido normalmente pelo corpo, resultante do metabolismo de uma proteína chamada purina, presente em muitos alimentos. Essa substância é excretada pelo rim, pela bile e pelo intestino, e sua concentração pode ser medida no sangue e na urina.

Alguns alimentos que devem ser evitados: vitela, bacon, embutidos e miúdos como: fígado, coração, língua, rins e miolo. Além de frutos do mar, como o camarão. Bebidas alcoólicas de todos os tipos são também grandes causadores.

Os sintomas de acordo com Dr. Glauco podem ser observados em três fases. A primeira é a artrite gotosa aguda, que caracteriza-se por dor em uma ou poucas articulações que tem início súbito, duração contínua e forte intensidade. Acompanha calor, rubor e edema local. Mais frequentemente acomete podagra, mas pode pegar tornozelo e joelhos. A segunda os períodos Inter críticos, aqueles nos quais a crise foi controlada. A terceira, a gota crônica na qual desenvolve-se as alterações permanente, na forma de tofos.

A Reumatologista Dra. Clarissa explica que o diagnóstico pode ser realizado pelo histórico familiar e pessoal do paciente, exame clinico e confirmado pelo exame de sangue e urina.

O tratamento para crise aguda de acordo com a Dra. Clarissa Sousa pode ser realizado com anti-inflamatório e corticoides. O ideal é usar logo no início da crise para aumentar a eficácia. Depois do tratamento da crise aguda, são utilizados uricosuricos para redução do ácido úrico e prevenção de novas crises.  A alimentação também sempre deve ser controlada. Importante destacar que mesmo após o diagnóstico, o acompanhamento regular é de fundamental importância para controle da doença, assim como as medidas comportamentais.