Nos consultórios de ortopedistas é comum encontrar casos onde a parte do corpo lesionada é o quadril e a maioria dos pacientes acometidos são adultos. Porém o que muitos desconhecem é que algumas patologias diagnosticadas na vida adulta podem ser identificadas na infância e em determinadas situações uma avaliação precoce com ortopedista pediátrico poderá evitar sequelas futuras.
De acordo com o Ortopedista e Traumatologista, Dr. Giovanni Benedet Camisão, especialista pediátrico da Ortoimagem, é importante levar a criança para fazer uma avaliação de rotina com o ortopedista, principalmente se existe casos na família com problemas no quadril.
Existem diversas patologias na infância que podem deixar sequelas anatômicas na articulação e com isso predispor o início de sintomas dolorosos na vida adulta. Entre as causas estão: as inflamatórias, traumáticas e tumorais.
Segundo Dr. Giovanni é importante observar alguns comportamentos da criança, entre eles: a marcha que em sua maioria, quando tem problema no quadril apresenta claudicação (manca), aponta para a região do quadril mostrando desconforto, muitas vezes podem existir condições clínicas associadas como febre, edema (inchaço) da articulação, dificuldade de movimentação da junta em si e outras.
Entre as patologias que geram sequelas estão: displasia do desenvolvimento do quadril, epifisiólise, doença de Legg-Calvé-Perthers, sequelas pós-infecciosas (artrite séptica).
O diagnóstico deve ser realizado através de exame físico e anamnese minuciosa, e em geral exames complementares como: Raio-X, Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética e exames de sangue.
Definida a causa o Ortopedista iniciará a fase de tratamento individualizada para cada tipo de paciente e de causa da lesão, podendo ser conservador com administração medicamentosa e fisioterápica e em alguns casos o tratamento pode ser por intervenção cirúrgica.
Dr. Giovanni faz um alerta para os pais e/ou educadores “a qualquer sinal de alteração na maneira de andar da criança deve ser imediatamente avaliada, pois a demora em definir causa poderia ser determinante para piora do quadro”, conclui.