A Epicondilite Lateral também conhecida por “cotovelo do tenista” acomete muitos atletas, mas também outras profissões que tenham o uso excessivo do antebraço.
Segundo Dr. Willian Nandi Stipp, Ortopedista e Traumatologista, especialista em cirurgia do ombro e cotovelo da Ortoimagem, a Epicondilite Lateral é uma patologia que acomete a origem dos tendões extensores na região lateral do cotovelo. Caracteriza-se por alterações degenerativas no tecido tendíneo compostas de fibrose, alterações vasculares e distorção do colágeno. O tendão mais atingido é o extensor radial curto do carpo.
O Ortopedista explica que a causa da doença pode estar relacionada a um condicionamento físico ruim ou inadequado e atividades que aumentam a carga de tensão e de stress dos tendões extensores do punho e dos dedos. “A sobrecarga transmitida aos tendões gera micro lesões que originam o processo de degeneração”, diz.
Entre os atletas e profissionais que tem maior predisposição para desenvolver a Epicondilite Lateral estão: jogadores de tênis, padel, beach tênis, musculação e cross fit e os profissionais que realizam atividades repetitivas como: digitadores, eletricistas, marceneiros, encanadores, açougueiros, cabeleireiras e operários. Dr. Willian acrescenta que além do esforço repetitivo, mas menos frequente, a lesão pode acontecer depois de um trauma direto na região lateral do cotovelo ou após um esforço extremo súbito.
Os sintomas que o paciente apresenta são dor na região lateral do cotovelo que varia dependendo do grau de intensidade da lesão. Em casos leves há uma dor suportável. Em grau moderado existe dor forte durante as atividades e até mesmo em repouso. Em situações onde a lesão é grave há incapacidade física o que torna qualquer movimento difícil.
De acordo com o Ortopedista é possível chegar ao diagnóstico através de exame físico e história clínica do paciente, exames por imagem raramente são solicitados.
Para aliviar a dor o tratamento conservador consiste em analgésicos e anti-inflamatórios, uso de gelo no local, repouso relativo onde o objetivo é modificar ou adequar as atividades em excesso e não deixa-las de praticar; correção da técnica esportiva e laboral, assim como a adequação dos equipamentos de trabalho e lazer. O uso de órtese também é indicado para diminuir a sobrecarga ao tendão, além da fisioterapia com programa de reabilitação.
Dr. Willian explica que existem outras abordagens de tratamento conservador, como: terapias por onda de choque, infiltração com plasma rico em plaquetas, adesivos de óxido nítrico e acupuntura. Quando nenhuma técnica de tratamento conservador é bem-sucedida, indica-se procedimento cirúrgico.
O tempo da reabilitação depende de alguns fatores, como faixa etária do paciente e gravidade do quadro. Em casos leves a recuperação pode levar apenas algumas semanas, mas em casos de lesão intensa, pode levar até seis meses ou mais.
Dr. Willian orienta que os atletas e profissionais realizem esportes e suas atividades diárias de forma apropriada. O aquecimento antes de praticar atividades esportivas ou outros exercícios com o cotovelo ou músculos dos membros superiores é fundamental. Os alongamentos também são importantes antes e após os treinos. As atividades repetitivas e esforços estáticos com os membros superiores devem ser evitados.
Se você se identificou com a sintomatologia citadas nesta matéria, agende uma avaliação com o especialista.