Síndrome do Impacto do Ombro pode causar dor intensa e perda de força

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Dores constantes nos ombros, braços e a perda da força para segurar objetos ou executar alguma atividade, podem estar relacionados aos sintomas de uma doença bem comum nos consultórios dos Ortopedistas, a Síndrome do Impacto do Ombro.

Por possuir uma anatomia articular complexa, instável e de grande mobilidade, o ombro fica suscetível a várias lesões, a Síndrome do impacto é a mais comum delas em adultos de 40 a 50 anos.

O ombro é formado por três ossos: a escápula, clavícula e o úmero e por um grupo de músculos chamado manguito rotador – supra espinhal, infra espinhal,  subescapular e redondo menor.

Segundo Dr. Willian Nandi Stipp, Ortopedista e Traumatologista, especialista em cirurgia de ombro da Ortoimagem, o desenvolvimento da Síndrome do Impacto pode acontecer porque o espaço entre a cabeça do úmero e o acrômio, teto do ombro, onde se localizam os tendões e músculos, é muito apertado e quando algumas pessoas realizam movimentos repetitivos com os ombros causam a lesão parcial ou total, sendo o mais atingido o tendão do músculo supra espinhal, responsável por levantar o braço.

“A Síndrome do Impacto é, portanto, o atrito que ocorre entre os tendões do ombro, que são chamados de manguito rotador, e as estruturas: ósseas e ligamentares ântero-superiores do ombro (Acrômio, ligamento coracoacromial, coracóide e articulação acromioclavicular)”, diz Ortopedista.

Os sintomas dessa patologia é dor no ombro, geralmente de início lento e progressivo, com piora à noite. A elevação do braço também pode apresentar secundariamente fraqueza e limitação dos movimentos.

O Ortopedista explica que para auxiliar no diagnóstico solicita-se exames complementares como Radiografia simples que é de extrema utilidade para avaliar a parte óssea. Também pode-se solicitar Ultrassonografia e a Ressonância Magnética para avaliar as partes moles e a presença de outras patologias.

Para o tratamento, orienta-se começar o quanto antes para evitar problemas futuros, como: incapacidade física, limitação para as atividades laborais e evoluir ao longo do tempo para a ruptura do manguito rotador.

O início do tratamento envolve mudanças nas atividades, uso de medicações analgésicas e anti-inflamatórias, gelo local e fisioterapia. “É importante o afastamento temporário o a diminuição de movimentos que nitidamente causam dor”, afirma Dr. Willian.

Não obtendo resultado com o tratamento conservador, indica-se procedimento cirúrgico. “A cirurgia é atualmente realizada por via artroscopia sob anestesia geral. A técnica é minimamente invasiva, pouco dolorosa e com um ótimo resultado”, conclui.