Síndrome do Impacto femoroacetabular: conheça os sintomas e como tratar

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Você sentiu dor no quadril, mais comumente na virilha e na nádega e com passar do tempo outros sintomas foram surgindo, como: fisgada ou travamento do quadril, dor noturna ao deitar de lado, limitação da amplitude de movimento de rotação interna da coxa (entrar e sair do carro), alteração dos padrões de marcha e limitação funcional gradativa. Muita atenção a estes sintomas, pois são sinais da Síndrome do Impacto Femoroacetabular. Patologia esta, que se diagnosticada precocemente tem grande chance de reabilitação.

De acordo com o Dr. Marco Aurelio Machado Rodrigues, Ortopedista e Traumatologista, o quadril é formado pelo acetábulo e pela cabeça do fêmur e quando a sua anatomia é normal durante movimentos do dia a dia ou exercícios comuns, não existe contato agressivo entre fêmur e acetábulo. Mas quando existe o Impacto Femuroacetabular é observado o contato anormal entre o fêmur e o acetábulo provocando micro traumatismo.

O Ortopedista explica que existem três tipos de Impacto Femoroacetabular, são eles: CAM que é quando ocorre um crescimento ósseo no colo do fêmur, chamado de BUMP, e este toca na borda do acetábulo. Já o PINCER há um crescimento ósseo na borda do acetábulo, provocando impacto como se fosse uma pinça e o tipo Misto é o mais comum, que apresenta as características do CAM mais o PINCER.

O diagnóstico é realizado através do exame clínico e complementado por exames de imagem, como raio-x e ressonância magnética ou artro-ressonância.

Depois de confirmado o tipo de Impacto Femoroacetabular realiza-se o tratamento que na maioria dos casos se inicia com fisioterapia tipo GDS, exercícios como Pilates, além de medicamentos para aliviar a dor. Em situações onde o tratamento conservador não obtém sucesso, indica-se procedimento cirúrgico por videoartroscopia.

“Quando existe o tratamento por intervenção cirúrgica é importante fazer, após o procedimento, um bom fortalecimento muscular, e de equilíbrio de cadeias musculares, sendo isso individualizados. O prazo de retorno as atividades serão após três a quatro meses de tratamento pós-operatório”, diz o Ortopedista.

Dr. Marco Aurelio explica que por se tratar de uma patologia com alteração mecânica com uma pré-disposição anatômica é difícil prevenir, mas com diagnóstico correto, um trabalho de grupo musculares, evitar atividades com impacto, sobrecarga de peso, flexão e abertura de quadril pode se conseguir ter melhor qualidade de vida.